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Projeto Memória Viva

Estamos lançando o Projeto Memória Viva, com o objetivo de preservar a memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para as futuras gerações.

Uma das atividades a serem empreendidas no projeto é a gravação em vídeo dos depoimentos dos veteranos da FEB. Juntamente com a coleta dos depoimentos, o projeto disponibilizará conteúdo online, para o estudo da história da FEB, em uma biblioteca virtual, destinado aos estudantes do Ensino Fundamental, Médio e de graduação. O acesso a essa biblioteca permitirá o download gratuito de documentos, fotografias, mapas, cartas e da bibliografia de referência do tema.

Justificativa

Em pleno Séc XXI, quando a revolução digital popularizou a gravação de vídeos por meio de câmeras de baixo custo e até por telefones celulares, é anacrônico que a narrativa dos protagonistas de um dos eventos mais significativos para história do Brasil — a participação da Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial — esteja restrita à memória escrita, tal qual os eventos ocorridos nos primórdios da civilização.

Da mesma forma, numa realidade onde o computador pessoal, conectado à internet, constitui o principal instrumento de pesquisa escolar, é lamentável a ausência de uma fonte de referência oficial sobre a história da FEB. Atualmente, a trajetória da FEB é encontrada de forma fragmentada em diversos sites espalhados pela rede.

Com progressivo fechamento das Associações Nacionais dos Veteranos da FEB (ANVFEB), boa parte do acervo material que essas associações mantinham vem sendo dilapidado, tendo como destino coleções particulares. Esvai-se, dessa forma, um precioso e insubstituível patrimônio histórico. Por isso, a digitalização de material iconográfico (fotografias, mapas, imagens e desenhos) e documentos (livros, manuscritos, panfletos, cartazes e cartas) proposta pelo projeto, visa perenizar e universalizar o acesso a esse material.

O desaparecimento das ANVFEB também extingue uma fonte de referência natural para as famílias dos veteranos falecidos, interessadas na doação do material pessoal dos seus entes queridos, visto a ausência de uma instituição pública ou privada sensível a essa questão.

Concito aos amigos e admiradores do tema, que se disponham a participar dessa nobre empreitada, o apoio na gravação de entrevistas com os pracinhas e/ou com fornecimento dos dados de contato com os veteranos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O meio de gravação não é o ponto principal: MiniDV, BETACAM, VHS, vídeos de celular, tanto faz. O mais importante é registrar as memórias do entrevistado.

Entrevista com o Veterano Justino Alfredo

Com o apoio do Professor Marcus Carmo, de Jaú – SP, nas duas últimas semanas foram realizadas 10 entrevistas e pré-entrevistas com todos os veteranos residentes em Campinas e cidades vizinhas, entre eles: Vet. Francisco de Assis Rodarte; Ex-combatente João Luís Lima; Vet. Osvaldo Birocchi; Vet. Justino Alfredo e Vet. Atílio Camperoni.

Entrevista com o Veterano Atílio Camperoni

Entrevista com Ex-combatente João Luís de Lima

Nosso Blog disponibilizará aos interessados um roteiro de perguntas a serem feitas e algumas dicas de gravação, além de suporte técnico via e-mail para os interessados.

Em breve, entrará no ar um website específico para o projeto. Sugestões, dúvidas e consultas podem ser encaminhadas na aba comentários, ao final deste post.

Participe!

Quem Somos

Prof. César Campiani Maximiano

Durval Lourenço Pereira Jr.

Prof. Marcus Carmo

Obs: Esta iniciativa possui cunho estritamente particular, não estando ligada a nenhuma instituição pública ou privada.

Categorias:Notícias

13 respostas »

  1. Prof. César,

    Pretendo desenvolver trabalhos acadêmicos sobre a FEB e um deles envolve o tema da memória dos combatentes por meio da História Oral. Estou disposto a entrevistar pessoalmente algum veterano da FEB, mas não tenho contato de nenhum disponível. Estou no ES, mas tenho disponibilidade para realizar entrevistas em Belo Horizonte-MG. Qualquer ajuda seria muito importante.

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  2. Caros organizadores do Projeto Memória Viva.
    Gostaria de lhes parabenizar pela iniciativa deste belíssimo projeto. Concerteza, todos ganham com este trabalho.
    Conheço dois veteranos da FEB. Eles me ajudaram muito em meu Trabalho de Conclusão de Curso. São pessoas muito dispostas em comentar sobre o assunto. Podemos manter o contato para lhes enviar o contato destes veteranos. Claro, vou confirmar a disponibilidade de entrevista com antecedência, mas acredito que não irá ocorrer nenhum problema.
    OBS: Para provar a veridicidade de minhas informações, segue abaixo um pouco sobre mim:

    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=S5091992&tipo=completo&idiomaExibicao=2
    Abraço!

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  3. Parabenizo os autores pelo projeto. É mais uma união de forças pela FEB.
    Precisava do email do prof. Cesar Campiani Maximiano para futura correspondência.
    Atenciosamente.
    Carmen Lúcia Rigoni
    Curitiba, janeiro de 2012

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  4. Senhores,
    como posso adquirir os livros “Meu Pelotão e Eu” e “Vivências de Guerra e Paz” do Maj Ruy de Oliveira Fonseca?
    Grato!
    Mário Carmelo Corrêa
    Cel Eng Ref

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  5. Sou pesquisador e professor na UFF(Niterói)-RJ, e um dos meus temas de pesquisa e paixão refeê-se a FEB. Gostaria de saber como posso ajudar e participar do projeto de você. E Parabéns pela iniciativa.

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  6. Prezados, Prof. cesar, Ten.coronel Durval jr, Prof. Marcos.
    Parabens pela Iniciativa de preservar a memoria dos nossos “Pracinhas´´.

    Tenho Projeto de elaborar um livro sobre as Enfermeiras, baseado em
    fotos da epoca. que comprei em minhas viagens pela Europa e Estados Unidos. Voces poderiam me orientar se posso utilizar este material(algumas fotos privadas,photo press), no referindo projeto, pois tenho duvidas a cerca de direitos autorais?
    abraço,
    At. Sr. Silveira

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    • Caro Sr. Silveira
      Devo igualmente parabenizá-lo pela sua iniciativa.
      Em se tratando de imagens, cada caso deve ser analisado separadamente.
      Se o fotografado for vivo, ele deve lhe ceder por escrito a autorização para uso de imagem.
      Se for falecido(a), a sua herdeira (viúvo/a filho/a) é o encarregado. Agora se a foto estiver em domínio público (creative commons “CC”). Não há nenhum problema. Se a imagem estiver no acervo iconográfico de algum museu/centro cultural, o próprio órgão lhe dará as orientações.
      Tenho entrevistas gravadas em vídeo com enfermeiras da FEB e filmes históricos da época, que tal fazer um documentário?
      Abs,
      Durval Jr.
      durval.1990@gmail.com

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      • Prezado Durval Jr
        Grato pelo Retorno e agradecido pelos escalrecimentos!
        Em referencia ao material das enfermeiras, é bem interessante,vou refletir
        sobre esta nova possibilidade de fazer um documentario, e sem duvida tentadora!

        Irei entrar em contato com voce novamente, a respeito da sua Ideia Otima.
        grato,
        abraço,
        Silveira
        pampulharevistas@terra.com.br.

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  7. Eu fiz meu trabalho de conclusão de curso sobre a FEB e na época morava aí em Campinas. Então entrevistei alguns veteranos como Oswaldo Birocchi e o Sr. Justino Alfredo. Vim para o Rio de Janeiro e entrevistei também a Major Elza Cansanção antes de ela falecer. Se tiverem interesse posso procurar essas entrevistas, editá-las e enviá-las como contribuição para o blog. Tenho mais alguns materiais como jornais de campanha, revista em quadrinhos, posso ir até o Monumento aos Mortos, fazer fotos mais detalhadas (para os que não podem viajar até o Rio para conhecer o museu). Achei sensacional a ideia.
    Se tiverem interesse meu e-mail é: analice.sauerbronn@gmail.com

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