História do "Lapa Azul"

Longa Jornada – Com a FEB na Itália

“Quem são esses velhinhos?”

Foi a pergunta que Sírio Sebastião Fröhlich ouviu de um adolescente, durante um desfile cívico-militar em Santa Maria-RS, quando os pracinhas passaram à frente do grupamento, externando o orgulho ao desfraldarem a Bandeira da Pátria, cuja honra se dispuseram a defender nos campos de batalha.

Com o intuito de ajudar a responder essa pergunta, Sírio lançou a obra Longa Jornada – Com  a FEB na Itália, como subsídio para as aulas de História e, sobretudo, para despertar nos estudantes a consciência de que, quando virem um desses “velhinhos”, possam admirá-los com a convicção de que estão diante de um humilde mas autêntico Herói da Pátria.

A publicação faz um apanhado da participação brasileira na II Guerra Mundial, buscando desde as raízes do conflito até o seu desfecho vitorioso para os Aliados; com o foco na atuação da Força Expedicionária Brasileira, mas sem esquecer da participação da Marinha e da Força Aérea.

O autor sintetizou os fatos principais da campanha de modo didático, com o auxílio dos depoimentos de vários pracinhas. Fartamente ilustrado com fotografias  de arquivos públicos e pessoais, e com um design moderno, Longa Jornada é uma obra plenamente capaz de atingir o seu público-alvo: os jovens estudantes.

Fruto do trabalho de pesquisa do autor e do talento do compositor João Chagas Leite, vencedor de diversos festivais de música nativista, nasceu a bela música “Soldado da Paz Mundial”, presente no vídeo a seguir: uma mostra – e também um alento- de que a cultura gaúcha preserva as tradições brasileiras com muito orgulho.

A pergunta que Sírio ouviu do adolescente em Santa Maria, certamente seria repetida em qualquer outra cidade brasileira, pois na maior parte dos  livros de História a luta dos pracinhas sequer é digna de nota. A mais importante ação brasileira, no cenário internacional, em todo o século XX, é uma ilustre ausente na literatura escolar.

Vivemos numa época onde o relativismo cultural reina quase absoluto. Segundo a historiografia dita “moderna”, heróis, vilões, Pátria, honra, não passam de meras “invenções” da tradição conservadora, já que são oriundos de conceitos ultrapassados que dependem de diferentes “pontos de vista” (vide o post Onde Estão Nossos Heróis?).

Infelizmente, esse tipo de visão distorcida é repassada à esmagadora maioria dos estudantes brasileiros durante o ensino médio e fundamental, estejam eles numa escola pública de subúrbio ou numa renomada instituição de ensino particular, com a desculpa de que os eventos históricos precisam ser avaliados por uma visão “crítica”. No frigir dos ovos, o produto final que chega aos jovens pouco tem de crítica e muito de reducionismo e proselitismo ideológico.

Embora a figura dos heróis e vultos pátrios seja excluída nos manuais escolares, a presença de alguns “mártires” ao gosto da ideologia dominante é mantida. Assim, ao ingressar na universidade, o jovem será capaz de enunciar detalhes irrelevantes da história brasileira do período Vargas, como, por exemplo, a gravidez de Olga Benário, (agente da Internacional Comunista enviada ao Brasil para seduzir e manipular Júlio Prestes), mas não saberá que mais de 25.000 brasileiros estiveram na Europa, no combate aos regimes totalitários.

Exemplos de patriotismo, heroísmo e honra são abundantes no legado da FEB: um incômodo para a cultura relativista em que vivemos. Por tudo isso, Longa Jornada chega em boa hora. Que tenhamos educadores com honestidade intelectual suficiente para incluir essa publicação, como literatura paradidática, em seus estabelecimentos de ensino.

Capa do livro Longa Jornada

Reportagens sobre o livro publicadas na mídia: Jornal Gazeta do Sul; Jornal Diário de Santa Maria

Preço: R$ 15,00 (frete incluso)

Pedidos da obra pelo e-mail do autor: sirio.feb@gmail.com

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10 respostas »

  1. Sr. Sírio.
    Recebi seu e-mail, e estou no aguardo da obra: Longa Jornada com a FEB na Itália. Aqui em Caxias somos , na quase totalidade , descendentes de italianos, E, apesar de terem que mandar alguns de seus filhos lutar pela FEB, também ficaram muitos, sofrendo as discriminações no solo pátrio.
    Como dito no comentário anterior, também tive um tio que serviu na Itália, infelizmente já falecido, há uns 20 anos aproximadamente (não lembro a data exata).
    Espero ter e terie gratas surpresas ao ler esse trabalho
    Abraços

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  2. Parabéns pela obra Sirio S. Fröhlich, essa é parte da nossa historia que não é contada nas escolas. Meu bisavô serviu na FEB, na época ele estava servindo o quartel em SM e foi voluntário, sempre nos contava as historias de guerra, infelizmente veio a falecer em 2000, ele serviu em Monte Castelo, era o Cabo Sebastião Pinto Ribeiro, abraços e parabéns pelo que homens como o Sr. e meu bisavô fizeram !

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  3. a feb e eterna desde crianca escuto as historias dos nossos herois esquecidos por essa sociedade hipocrita …os jovens d hj devem honrar os nossos velhinhos esquecidos ….gozamos d toda essa liberdade e tecnologia eles nem sabem o porque….sempre levo a historia deles adiante seja com amigos seja com a familia…viva a feb.!!!!

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  4. VELHINHOS… MEU PAI ESTÁ COM 90 ANOS, ME DÁ DE MIL A ZERO, EU COM OS MEUS 60 ANOS. O SOLDADO 66, DA CIA DE INTENDÊNCIA, O MOTORISTA JOÃO LANSILLOTE. MEU PAI, MEU ORGULHO.
    ABRAÇOS.
    ANNE LANSILLOTE.

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    • Olá, Misael,
      Obrigado pela postagem e pelo enteresse.
      A UNISC é referência de excelência universitária. Assim sendo, quando da distribuição inicial, com apoio cultural da Poupex, encaminhei dois exemplares para acervo. De qualquer modo, contate comigo pelo e-mail sirio.feb@gmail.com para me repassar os seus dados.
      Fraterno abraço!

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  5. R$15,00 COM FRETE INCLUSO?!
    … NINGUÉM pode reclamar que não tem acesso à informação!

    FEB e Revolução de 1932 são um pedaço da História, infelizmente, ridicularizada. É pena, mas isso só deve mudar quando os vestibulares mudarem. Para tanto, os acadêmicos devem mudar. E, para isso, meu amigo, podemos aguardar uns bons anos…

    Parabéns por mais um belo post, Durval!
    Parabéns e MUITO OBRIGADO, Sr. Sírio, por todo o trabalho (do FEB e pós-FEB).
    Abraços!

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  6. Infelizmente a história recente do País está sendo recontada por aqueles que estão no poder hoje em dia, principalmente de 1944 até 1985.

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  7. Tive a honra de ser presenteada pelo autor do livro Sr: Sírio com um exemplar. Uma obra bem selecionada da história dos bravos guerreiros com fotos belíssimas .Vale a pena ler e se emocionar com a luta dos nossos tão esquecidos e corajosos “velhinhos”
    Parabéns Sr Sírio !
    Forte abraço
    Zenaide Duboc

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  8. Sim, é preciso lembrar a todos, todos os dias, quem são os bravos ‘pracinhas’, os ‘velhinhos’ que quando jovens lutaram por nós no estrangeiro! Sim, eu respeito esses bravos heróis!

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