
Dignidade: família do veterano José Marino em meados dos anos 1920.
Um dos protagonistas do documentário Navalha – Um Batalhão Brasileiro na Linha Gótica é o veterano José Marino, do III Batalhão do 6º RI, da Força Expedicionária Brasileira (FEB) (assinalado pelo círculo amarelo no colo da mãe).
Marino é filho de imigrantes italianos que chegaram ao Brasil, no começo do século XX, para o trabalho em uma fazenda de café de proprietários ingleses no interior paulista (Morungaba). Seu pai (de pé, atrás da mãe) nasceu em Pádua (Padova), e a mãe na Calábria.
De forma oposta à questão migratória recente, a vinda dos italianos originou-se da iniciativa do governo brasileiro em atender a necessidade de mão de obra em vários setores da economia (na lavoura, em especial). Além disso, a escolha pela Itália foi motivada pela cultura nativa semelhante à brasileira (língua, costumes e religião).

José Marino: um dos muitos filhos de italianos que lutaram na FEB.
Como José Marino, centenas de descendentes de italianos voltaram à Itália com a FEB para ajudar a libertar o país dos seus antepassados das garras do nazifascismo — inclusive o jovem Antônio de Pádua Inhan, do III Batalhão do 11º RI, cuja família também viera da Província de Padova.
A foto do álbum de família transmite uma mensagem sutil ao observador atento. Embora os familiares de Marino fossem extremamente humildes (ele calçou seus primeiros sapatos aos 15 anos de idade), eles trouxeram consigo da Itália valores imateriais caros ao Brasil: o amor ao trabalho, à família e, principalmente, a dignidade.
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Sou grato a Durval por expor a História de homens como Marino, que Ana e eu adoramos como se fosse nosso tio, ou avô.
Com ele, tivemos uma jornada maravilhosa na Itália em 2015, setenta anos depois da Segunda Guerra.
Aprendemos muito, sobre todos os aspectos da vida – Ele completará 97 anos de vida, no próximo dia 08 de março, quando se comemora também o Dia Internacional da Mulher.
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Foi uma honra poder tê-lo entrevistado e conhecido graças ao amigo!
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Lindo texto. Histórias tão parecidas.. parabéns!
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