História da FEB

A FEB na viola caipira

Zico e Zeca nos anos 1950: arte musical que honrou o legado da FEB.


O homem do campo teve marcante participação na Força Expedicionária Brasileira, com a contribuição notável das pequenas cidades do interior para o efetivo da Divisão Expedicionária. Nas décadas seguintes, a trajetória dos pracinhas foi lembrada em dezenas de monumentos erigidos em modestas localidades, contrastando com a reduzida iniciativa — ou mesmo ausência — dessa produção memorial na maior parte das capitais e grandes centros urbanos.

De um modo geral, a população do interior brasileiro acolheu o legado da FEB de forma bem mais carinhosa do que os seus pares metropolitanos. Amor pela terra natal? Patriotismo arraigado? Honra ao histórico familiar e à memória dos conterrâneos? Talvez um pouco de tudo. O certo é que a classe artística do sertão também honrou a memória da FEB de forma especial, com destaque para os irmãos Antônio Bernardo da Costa e Domingos Paulino da Costa, mais conhecidos como Zico e Zeca.

Nascidos em Itajobi-SP, respectivamente em 1931 e 1932, eram jovens demais para ingressarem nas fileiras da FEB, mas testemunharam o alistamento de amigos e parentes. Em 1954, gravaram seu primeiro disco em 78 RPM na Columbia, com o cururu “Pracinha” (letra de Teddy Vieira), seguido de outro cururu: “Mãe do Pracinha”. Foi o início de uma carreira exitosa que durou mais de meio século.

Em 2006, Zico foi contatado pela produção do documentário “O Lapa Azul”, quando lhe foi solicitada a cessão de direitos para a inclusão da música na trilha sonora da obra. O pedido foi imediatamente respondido positivamente, por meio de uma carta atenciosa do cantor já enfermo. No ano seguinte, em resposta ao envio do DVD, foi recebida outra correspondência, desta vez escrita por sua viúva, informando o falecimento do artista. Zeca faleceu em 2013.

“É dever do brasileiro defender o seu Brasil”, diz um trecho nacionalista da bela canção “Mãe do Pracinha”. Por tudo isso, em tempos recentes, quando a luta pela liberdade novamente sacode a vida nacional, o patriotismo de cantores sertanejos como Sérgio Reis não é obra do acaso.

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