Inspirado pelo post do amigo César http://cobrafumando.wordpress.com/ sobre a reedição de estórias em quadrinhos sobre a guerra, resolvi escrever este artigo.
Muito antes do aparecimento da internet, dos jogos eletrônicos e mesmo da televisão no Brasil, uma das diversões dos jovens era a leitura de histórias em quadrinhos: gibis como eram conhecidos popularmente. Até a década de 80 foram vendidos nas bancas de jornais gibis sobre a IIGM como Sgt Rock e o Tanque Mal-Assombrado (Haunted Tank), ambos criados pelo talento do artista Joe Kubert
O que talvez poucos saibam é que a FEB também foi inspiração de uma série em quadrinhos, iniciada em 1957 pelo Estúdio Gráfico Garimar: Coleção Aventuras – A Revista do Expedicionário – Um exemplar dessa série, exposto a seguir, reconstitui os ataques ao Monte Castelo (já “aportuguesado” com um “l” apenas).
Trata-se de um estória em quadrinhos para jovens (sim, no já distante ano de 1957 jovens adolescentes liam estórias em quadrinhos) e devem ser vistos como tal, com todo o romantismo e drama inerentes ao meio.
No cotidiano do Brasil de hoje, onde o individualismo é idolatrado pela sociedade, chega a soar ingênuo o prefácio da edição, quando o diretor afirma seu desejo de que a revista seja “um veículo de congraçamento de todos os expedicionários sob um critério jornalístico de justiça, e patriotismo”: outros tempos, outros valores.
Cabe ressaltar as impressões (Pg.6) sobre os motivos que tornaram a conquista do Monte Castello tão penosa. Feitas com base em entrevistas com personalidades que integraram o alto escalão da FEB, como o Gen João de Figueiredo Segadas Viana (antigo Cmt do 6º RI) e escritas sob a coordenação do Capitão Adão A. Viana, algumas destas impressões são preciosas, retratando a memória da FEB ainda recente na memória dos pracinhas.
Segundo informações de alguns sites como http://www.ramascreen.com/sgt-rock-goes-into-the-future o Sgt Rock renascerá nos quadrinhos, mas não terá a IIGM como cenário de luta, e sim o futuro. Teria o “Politicamente Correto” mão nisso? Não tenho dúvidas que sim.
E quanto a nossa FEB? Será ela revivida nos quadrinhos?
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Categorias:História do "Lapa Azul"
artigo interessante amigo durval,portugal na década de sesenta e setenta também adaptou uma bd(banda desenhada) inglesa sobre a a segunda guerra com o titulo MAJOR ALVEGA (um piloto ficticio da raf de origem lusa)e foi um sucesso estrondoso que fez as delicias da minha geração,enaltecendo os feitos dos aliados na guerra, altura em que os jogos on line não eram mais que o prótótipo de uma miragem, embora portugal não tenha entrado nesse conflito.Penso que incentivar a leitura aos mais jovens com bd histórica é uma maneira muito intelegente de por a garotada a ler(hábito tão pouco habitual hoje em dia),aliás portugal e alguns países da europa já tem nos curriculos escolares bd histórica com muito rigor e qualidade.E na minha modesta opinião o brasil também tem capacidades para isso visto ter EXCELENTES criadores de bd muito apreciados pelos os amantes do género em todo o mundo(eu própio um fan de bd).
Lembrando sempre que a bd é para ser lida por pessoas dos 7 aos 77 anos
abs para todos deste amigo de portugal
rui estrela
leiria
portugal
ps-deixo aqui o link daquele que é considerado o melhor site de bd da europa http://www.bdtheque.com/
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Acredito que também haja uma questão de linguagem que acaba por influenciar este novo tratamento do Rock. Para quem cresceu com “O Soldado Desconhecido”, “Sgt. Rock” e outros do gênero, acho difícil me acostumar com linguagens mais novas. Não sei se é burrice de minha parte, mas ainda não me habituei com a forma das graphic novels americanas. Elas não são lineares como os quadrinhos dos anos 60, 70 e 80 que eu cresci lendo.
Assim, isso pode ser uma tentativa de combinar uma linguagem mais próxima da graphic novel com um tema que seja mais interessante para a geração mais acostumada com os quadrinhos contemporâneos.o Haunted Tank já fazia isso, ao misturar o sobrenatural com a Segunda Guerra. Isso provavelmente fez com que a série tivesse apelo a um público maior.
Talvez o Rock seja um personagem bom demais para não ser ressuscitado, mas aí corre-se o risco de que a Segunda Guerra não tenha tanto apelo para o público atual de HQ. O pessoal que eu conheço que comprou as novas edições do Rock é um bando de marmanjos que já tinha lido isso na infância e adolescência. Transportá-lo para o futuro pode ser uma forma de tornar o Rock mais interessante para uma geração mais nova que gosta de HQ, mas que necessariamente não tem o mesmo interesse pelo contexto em que o sargentão surgiu – apesar de isso ser uma heresia para seus velhos leitores, como alguns de nós. E fiquei curioso para ver se ele foi depurado para se adequar à “pós-modernidade”. Os nazistas são vilões que nenhum marciano ou robô jamais irão superar.
A propósito já ouvi falar que o Corto Maltese chegou a publicar uma história sobre a FEB, mas nunca cheguei a vê-la.
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Errata: Felizmente nossa Gloriosa FEB NÃO faz parte do Politicamente Correto.
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Que presente!
Uma relíquia para ser arquivada, lida e relida!
Felizmente a nossa Gloriosa FEB faz parte do Politicamente Correto.
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Yo, that’s what’s up trutulhfly.
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